Luiza Maia |
Enquanto a "perereca pisca, pisca", teve gente que ficou "só, só conspirando", pra depois dá uma "surra de barrote" em quem está reduzindo a qualidade da tão admirada música baiana. Finalmente, alguém do meio político está fazendo alguma coisa para, pelo menos, reduzir esse problema que já está se integrando a nossa cultura: O Pagode de forte apelo sexual, que degrada a imagem das mulheres. A deputada estadual Luíza Maia transferiu toda sua revolta no projeto de lei nº 19.203/2011, que pede "a proibição do uso de recursos públicos para contratação de artistas que em suas músicas, danças ou coreografias que desvalorizem, incentivem a violência ou exponham as mulheres a situação de constrangimento". Muito justo, meu dinheiro não é capim! Não estou disposto a pagar por shows que desmoralizam a mulher e banalizam a imoralidade. E esse tipo de música tem a rodo, como eu demonstrei em postagens anteriores como "Pagode Baiano - Na Geral" e em "Pagode... Referencia Sexual?".
Leo Kret |
A dançarina e vereadora disse que “Não é só o pagode que tem letras assim. Vários outros estilos têm. Estão atrás do pagode porque é a música dos negros, dos menos favorecidos, embora muita patricinha e mauricinho goste também”, disse a vereadora. Léo Kret garante que o projeto, caso seja aprovado, pode prejudicar economicamente um amplo setor da população que, segundo ela, depende do pagode. Leo Kret lembra que o duplo sentido na música baiana é normal. Ela cita trecho da música do cantor e compositor Virgílio que diz 'se eu quiser te lascar eu te lasco, você é minha folha de papel'. “Quem não quiser escutar, que não escute”, resume a vereadora.
Show de pagode da banda "O Troco". Agora Luiza Maia tá dando o troco. |
A música pobre não precisa ser a música do pobre. É graças ao estilo de vida demonstrado e aclamado nessas músicas que o pobre não deixa de ser pobre. Essa música é pra quem não tem nada na cabeça, independente da raça e da condição financeira. Isso pode ser comprovado pela própria Leo Kret, ao dizer que a música também agrada mauricinhos e patricinhas. Se o projeto for aprovado, não vai prejudicar economicamente nenhum setor da população. Pelo contrário! Bandas como Psirico e Parangolé, que evitam letras nocivas aos nossos ouvidos e aos ouvidos das nossas crianças, são mais conhecidas no Brasil. O Parangolé fez sucesso na América e na Europa. O Hit da paraguaia Larissa Riquelme era o "Rebolation", que não contém letras agressivas como as bandas de pagode criticadas aqui na Bahia. Acredito que, se mais bandas de pagode cantassem letras sem baixaria, fariam mais sucesso e faturariam mais, alavancando o setor que a vereadora e dançarina acham que será prejudicado. Além disso, essas músicas de pagode não estão cantando músicas com duplo sentido. O sentido é direto! Quer frase mais clara que "Chupa aqui pra ver se sai leite", "Ela, ela, ela é uma cadela!" ou "Me dá, me dá patinha, me dá sua cachorrinha"?
A Deputada Luiza Maia está recolhendo abaixo-assinado para dar celeridade ao seu polemico projeto de lei. Ela vai ampliar a campanha na internet em breve. E eu dou todo o meu apoio a causa e, sem dúvida, teria muito prazer em colocar o meu nome nessa lista. Parabéns Deputada!
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Até que enfim uma notícia boa em relação à política. Parabéns pra essa deputada, que enfim tomou uma atitude coerente e pertinente em relação à essas composições obscenas que somos obrigados a ouvir no nosso dia-a-dia.
ResponderExcluirTem o meu apoio também. O pagode pode ser muito melhor do que essas letras de, como você disse, "sentido direto" que as bandas insistem em tocar.
Precisamos tomar postura de gente séria e respeitadora.
Por favor,não me jogue pedras :p
ResponderExcluirlá vai:
Eu acho a vulgaridade de algumas letras e danças imperdoável,mas não acredito que impedir a contratação desses shows seja uma coisa "legal".
A culpa da mulher ser desvalorizada e de isso ser propagado pelas ruas de Salvador (por exemplo) não é do prefeito que contrata o show pra fazer média com o povo.A culpa é do povo que aplaude a banalização do sexo, é da mulher que rebola ao som de " ela é uma cadela". Entende o que eu quero dizer?
Eu acredito no seguinte: se não tem quem compre,quem vai querer vender?
Mas sou contra qualquer tipo de censura.Sou adepta do pensamento de Voltaire:
"Posso não concordar com nenhuma das palavras que você disser, mas defenderei até a morte o direito de você dizê-las"
um bom exemplo disso são esses programas " jornalísticos" que passam pela tarde em algumas emissoras.Promovem traficantes,sensacionalizam em cima do sofrimento do povo,fora que não são uma fonte nem um pouco confiável. Mas se não fossem lideres de audiência,estariam no ar? Acredito que não.
Mas não é porque eu acho que eles idiotizam e manipulam o "Povo" que eu vou defender o cancelamento desses "jornais" cada um,fala o que quer.Ninguém é obrigado a ouvir.
Eu concordo com vc Tamires. Mas o foco da deputada com esse projeto não é a censura do pagode, até pq, as musicas vao continuar sendo veiculadas livremente. O principio é de que não devemos gastar dinheiro do povo para esculhambar o próprio povo. O governo não deve financiar shows com dinheiro público para denegrir a imagem das mulheres.
ResponderExcluirSe a verba usado para promover a contratação dessas bandas, fosse utilizada (e não desviada dos cofres públicos) para uso em educação de qualidade, o quadro poderia ser bem melhor do que o que vemos hoje.
ResponderExcluirClaro que esse exemplo se aplica especificamente aqui na Bahia, principalmente em Salvador, e seus efeitos não seriam imediatos, afinal não adianta ter educação de qualidade agora e daqui a uma semana querer que todo mundo já tenha senso crítico e deixe de fazer besteiras na rua.
Também não sou a favor da censura, mesmo porque cada um iria continuar ouvindo o que quer. Se fosse assim, não existiriam, revoltas, rebeliões e resistências. Sou a favor de crescer com a educação pra se elevar o senso crítico e os valores morais e éticos de uma sociedade, para que a mesma tenha condições de decidir por si própria, de forma iterada e inteligente o rumo de sua existência.
É uma pena que ela não trouxe e não divulgou esse projeto para o interior porque aqui na minha cidade tem o famoso 'Forró do Sfrega' e dizem que é o São João mais famoso da Bahia... enfim, aqui esse projeto seria bem mais aceito o que eu mais vejo é criança e menor de idade literalmente se "sfregando" . Minha mãe que é educadora da rede pública teve que chamar a atenção de um grupo de alunas de 10 anos que estavam "ensinando" umas as outras como dançar uma desgraça chamada "rala a xana no asfalto" (é isso?) e elas estavam rebolando em frentes aos ROSTOS dos meninos deitados no chão!
ResponderExcluirSe essas meninas fazem isso nessa idade imagina daqui a alguns anos? Vai acontecer como na sua outro postagem a respeito da idade e do namoro com maiores de idade, elas perdem o senso crítico e perdem o respeito ao corpo desde cedo!
Nossa Lavínia, as meninas aí estão danadinhas, heim? Mas tem dessas aqui na capital tbm. Na verdade o projeto é de uma deputada estadual então vai valer para a Bahia toda caso seja aceito. Vc tocou num ponto muito sensivel do meu Blog: O SENSO CRÍTICO. Eu criei esse blog justamente com a intenção de fazer as pessoas exercitarem isso, olhando as polemicas do nosso dia-a-dia da de formas diferentes (Da forma como eles costumam encarar e comparando com a forma que eu encaro e a que os comentaristas encaram). Quando o povo perde o senso critico ela vira uma verdadeira Maria-vai-com-as-outras, tornando-se alvo fácil pra tudo que não preste e que, provavelmente vai tirar nosso dinheiro ou o nosso auto-respeito com facilidade.
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